O Fórum ganha o mundo e em 2017 será sediado na Cidade do México. Lima no Peru​ ganhará a edição de 2018.​

Com o instigante tema “Energia Humana, Poder Cidadão” foi realizado entre os dias 31 de março a 05 de abril de 2016 a quinta edição do Fórum Mundial da Bicicleta. Um encontro mundial de debates sobre mobilidade ativa que congrega pessoas, coletivos, academias, instituições públicas e privadas com um único objetivo de deixar um legado para a cidade e para o mundo acerca do poder transformador da bicicleta.

Santiago abriu as portas da cidade e levou, através do evento, a realidade de cada uma de suas regiões ao conhecimento do mundo. Assim como também oportunizou a população local o protagonismo das mudanças desejadas com um calendário de atividades que, pelos dias da semana e os locais de sua realização, possibilitou a participação de todos. Além de locais próximos e de relevância na cidade como o Museo de La Memoria, as regiões de Maipu, Independência e Bosque também foram contempladas no calendário do evento e sediaram importantes debates e painéis.

Nomes como o do holandês Theo Jansen, conhecido como o “Da Vinci do século XXI”, do neurobiólogo chileno Humberto Maturana, do consultor e especialista dinamarquês em sistemas de transportes urbanos eficientes Andreas Rohl, do designer de bicicletas e um dos inventores do MTB Gary Fisher e do americano criador da massa crítica Chris Carlsson estiveram na programação com apresentações bastante prestigiadas, em especial pelo público já familiarizado com o tema debatido no fórum.

Sobre essa diversidade de nomes, falas e apresentações, a coordenadora do Pedala Manaus, Cláudia Valente pontua que esses “são momentos e oportunidades pra entendermos que o mundo globalizado enfrenta basicamente os mesmos problemas e que a troca de experiências é fundamental para os que possuem o mesmo objetivo caminhem juntos, somando forças, onde quer que estejam”.

Sobre a sempre significativa participação brasileira, a delegação contava com mais de 40 pessoas de várias regiões do país. Vários trabalhos de pessoas e coletivos ligados à ciclomobilidade foram destaques na programação e não poderia ser diferente.

O Fórum Mundial da Bicicleta, concebido no Brasil em 2012 após o triste episódio do atropelamento coletivo de ciclistas na cidade de Porto Alegre, traz impresso a marca dos brasileiros e até hoje é realizado de forma coletiva, horizontal e com apoio de voluntários, iniciativa privada e poder público.

O Pedala Manaus representado por quatro de seus membros viajou ao Chile para compartilhar com o mundo o programa “Convivência Legal” que tem sido um tanto significativo na mudança de comportamento entre motoristas de transporte urbano e usuários da bicicleta.

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O trabalho foi apresentado no painel denominado “Pechakucha”, no domingo, dia 03 de abril no território Independência, dia destinado aos trabalhos que promovem a igualdade social.

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O Movimento, que participou de todas as edições do FMB, entende como fundamental a busca pelo crescimento e a troca de experiências vividas em cada edição. Segundo Paulo Aguiar, coordenador do Pedala Manaus, “cada fórum é uma oportunidade de trazer pra nossa realidade algo de novo que possa contribuir com o que já construímos, mas, o mais importante mesmo, é ver e conviver com pessoas que tem feito tanta diferença em suas cidades e a abertura de novas possibilidades de aplicação dessas iniciativas no nosso movimento”.

O último dia de fórum foi destinado à realização da assembleia geral onde a próxima sede do evento é eleita. Pela primeira vez foram escolhidas as cidades que sediarão os próximos dois fóruns, 2017 e 2018, pois se entendeu que seria necessário um tempo maior de preparação.

Através do voto, os presentes puderam escolher entre as cidades candidatas. O Brasil esteve representado por Recife, que na votação para 2017 e 2018, perdeu, respectivamente, para a Cidade do México e Lima, próximas cidades sede do FMB 6 e 7.

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O Fórum Mundial da Bicicleta, após três edições realizadas no Brasil, duas em Porto Alegre e uma em Curitiba, já começou a sua peregrinação pelo mundo, “o que se espera deste evento é que ele cresça a cada edição e leve a cada cidade experiências inovadoras que possam ajudar no crescimento local, mas, sobretudo, que contagie todas as pessoas, cidades e países participantes de modo que dali, todos saiam motivados a promover a pacificação através do poder transformador da bicicleta”, acrescenta Nádia Aguiar, coordenadora do movimento.​

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Cicloabraços.